Não sei quem sou. Creio que ninguém saiba, e é nesse busca que vivemos,
dia após dia. Entretanto, estou mais próximo do que jamais estive de descobrir.
Cometi o mesmo erro outra vez, é verdade. Não voltará a acontecer, serei mais
cauteloso na próxima. Já estive sozinho. Não é mais o caso. Apareceram (ou eu
simplesmente me dei conta disso) pessoas muito importantes no meu caminho, que
tem me ajudado a prosseguir, ajudado a galgar essa parede de névoa que é e
sempre será o futuro. Nunca pedi que me entendessem, nem nunca esperei que o
fizessem. Cansei de forçar relações com pessoas que não querem realmente ouvir
o que tenho a dizer, e só sabem falar de si, de si e de si. Não mudam e me
deixam sem espaço. Espaço. Sempre precisei de espaço. Odeio indiferença, sabe?
Sentir que você não faz a mínima diferença, que não interfere no sistema. Ela
sempre foi minha arquiinimiga. Com espaço talvez eu possa crescer e finalmente
te mostrar quem realmente sou. E então se fará a luz. Não me importa se nada disso estiver
fazendo sentido, apesar de serem palavras verdadeiras, tenho quase certeza que
pouquíssimas pessoas chegarão até aqui. Bom, continuando… Cansei de ser uma
ostra, um túmulo. Sei que sempre fui um mistério para os outros, talvez
indiferente, ou até mesmo um pedaço de pau. O que falta em todos é interesse.
Me conhecem os que se mostram a mim.Não é que eu queira parecer um semi-deus ou
coisa do tipo, não é isso, nem mistério da fé nem verdade divina, sou apenas
uma simetria perfeita.Sem altos e baixos, estável, pelo menos pra quem vê de
fora.Certas músicas sempre me fazem chorar, outras me fazem sentir coisas
estranhas e outras me lembram coisas, sentimentos, pessoas e tempos que quero
manter no esquecimento, por que são por demais dolorosas pra mim dar atenção à
elas.Internet me deprime.Não passa de um universo falso, fora do nosso
alcance.Livros sempre criaram esse universo de maneira mais interessante.Já
quis estar em Hogwarts, é verdade.Já sonhei com o lugar e a pessoa perfeita
também.Já desejei ser abduzido, já tentei escrever um
livro,já falei com plantas, já briguei com meu amigo imaginário.Já cai em
ilusões. Já acreditei em mentiras. Já acreditei em um “eu te amo” quando tinha
15 anos (8), já chorei no escuro. Já quis mudar o passado. Já tive medo do
futuro. Nada disso importa. Não tornará a acontecer. E, de qualquer forma, eu
não ficaria bem na sua estante.
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