(Algum lugar do passado)

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About  ϟ Gαβriel Røck ? Humm, deixa eu pensar... O que todo mundo precisa saber, antes de tudo, é que sou virginiano. Complicado, perfeccionista, cabeça-dura. Isso explica a maioria das coisas, mas não é tudo. Depois de levar isso em conta, podem idealizar o Gabriel Rock que quiserem. Por que, afinal, não há uma definição real pra mim. Muita coisa aconteceu em muito pouco tempo, nessa segunda metade do ano.Depois delas,tudo mudou. Percebi agora que já estava cansado de ser quem eu era. Chegou pra mim a hora de rever velhos conceitos...conceitos que me pareciam inquestionáveis e que agora se põe em dúvida. Não é que eu tenha me arrependido das coisas que eu fiz. Apenas estou vendo-as de um novo ponto de vista. Imaginando que tudo poderia ter sido diferente. Quando penso nisso vejo os olhos de Aslam me dizendo: “Ninguém sabe o que poderia ter sido.” Estou apenas revisando meus passos até chegar aqui. Não, não estou hesitando, nem olhando para trás. Só quero saber, afinal, pra quê serviu isso tudo. Pode ter certeza, serviu muito. Acho que nem sou o mesmo. Nasce um novo Gabriel Rock. Agora estou perto do limite. Perto de saber quem realmente sou e fui...porque sempre foi a mesma coisa, eu apenas descobri um novo eu.” Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto.” Creio estar perto desse limite...estou quase lá.

(Agosto de 2011)

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Que a lembrança de seus lábios cantando uma canção desconhecida, de seus pés e mãos tamborilando no ritmo desta, e de seus olhos calmamente fechados vai me assombrar pelo resto da vida eu não tenho dúvida.  Que o olhar sereno que lançou em minha direção e as palavras expressas durante o contato visual (que em minha mente não foram contados em segundos terrenos, aliás) ainda estão gravados em minha alma, eu sei. Que o local em que tocou minhas costas queima até hoje me é perfeitamente claro. Que seu simples gesto de despedida me fez esquecer subitamente quaisquer resquícios de mágoa por amor não correspondido tornou-se claro pra mim há alguns dias. Disso tudo eu tenho plena consciência. A única coisa que me questiono é o que diabos o destino/acaso reserva para esse sentimento. Confesso que o silêncio que recebo em resposta a essa questão me causa terror e deleite. Confesso que às vezes quando a brisa suava da noite toca meu rosto, fecho meus olhos e permito que aquelas insignificantes lembranças inundem os labirintos de minha mente. Confesso, se me perdoa o ridículo dessa expressão, que foi amor a primeira vista, isto é, se é que essa coisa que chamam de amor existe. Confesso que sua imagem gravada em minha mente funciona como um patrono, que me mantém aquecido no meio dessa multidão de dementadores que é esse monte de lixo humano que me cerca. Confesso que não vou deixar isso passar e que, enquanto estiver aqui dentro, não preciso de mais nada. Nada mais importa.

(Julho de 2010)

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Não sei quem sou. Creio que ninguém saiba, e é nesse busca que vivemos, dia após dia. Entretanto, estou mais próximo do que jamais estive de descobrir. Cometi o mesmo erro outra vez, é verdade. Não voltará a acontecer, serei mais cauteloso na próxima. Já estive sozinho. Não é mais o caso. Apareceram (ou eu simplesmente me dei conta disso) pessoas muito importantes no meu caminho, que tem me ajudado a prosseguir, ajudado a galgar essa parede de névoa que é e sempre será o futuro. Nunca pedi que me entendessem, nem nunca esperei que o fizessem. Cansei de forçar relações com pessoas que não querem realmente ouvir o que tenho a dizer, e só sabem falar de si, de si e de si. Não mudam e me deixam sem espaço. Espaço. Sempre precisei de espaço. Odeio indiferença, sabe? Sentir que você não faz a mínima diferença, que não interfere no sistema. Ela sempre foi minha arquiinimiga. Com espaço talvez eu possa crescer e finalmente te mostrar quem realmente sou. E então se fará a luz. Não me importa se nada disso estiver fazendo sentido, apesar de serem palavras verdadeiras, tenho quase certeza que pouquíssimas pessoas chegarão até aqui. Bom, continuando… Cansei de ser uma ostra, um túmulo. Sei que sempre fui um mistério para os outros, talvez indiferente, ou até mesmo um pedaço de pau. O que falta em todos é interesse. Me conhecem os que se mostram a mim.Não é que eu queira parecer um semi-deus ou coisa do tipo, não é isso, nem mistério da fé nem verdade divina, sou apenas uma simetria perfeita.Sem altos e baixos, estável, pelo menos pra quem vê de fora.Certas músicas sempre me fazem chorar, outras me fazem sentir coisas estranhas e outras me lembram coisas, sentimentos, pessoas e tempos que quero manter no esquecimento, por que são por demais dolorosas pra mim dar atenção à elas.Internet me deprime.Não passa de um universo falso, fora do nosso alcance.Livros sempre criaram esse universo de maneira mais interessante.Já quis estar em Hogwarts, é verdade.Já sonhei com o lugar e a pessoa perfeita também.Já desejei  ser abduzido, já tentei escrever um livro,já falei com plantas, já briguei com meu amigo imaginário.Já cai em ilusões. Já acreditei em mentiras. Já acreditei em um “eu te amo” quando tinha 15 anos (8), já chorei no escuro. Já quis mudar o passado. Já tive medo do futuro. Nada disso importa. Não tornará a acontecer. E, de qualquer forma, eu não ficaria bem na sua estante. 

Abstrato; Sonhar não é suficiente.

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  Um dia desses, estava andando e caí num sonho. Fui afundando lentamente sem ao menos perceber, e quando percebi, já era tarde.
Agora meus dias acontecem apenas pra esperar uma janelinha surgir no canto inferior direito da tela. Eu vou ao céu quando isso acorre, e é incrível.
Cheguei a perguntar ao sonho se ele era real, e ele respondeu que sim, mas como pode um sonho ser real?


  Um dia desses, vageando pela órbita do tempo, encontrei você.
Vi a vida passar diante de mim e não entendi.
Olhei novamente. Estava lá , aquela coisa incrível, difícil de entender e decifrar, uma corça prateada olhando fixamente pra mim, sem fazer nada, imóvel.
Eu corri ao seu encontro.

  Um dia desses estava procurando horcuxes dentro da minha alma, e encontrei algo infinitamente abstrato.
Uma coisa que surgiu em frações de semanas e infectou o corpo inteiro como o vírus mais mortal.
Agora passo os dias pensando nisso, como pode ser tão rápido?

  Um dia desses estava refletindo, numa explosão de cores, e pensei em você.
Entendi que nem tudo é possível, que querer não é poder, que sonhar não é o bastante.
Usei  toda a potência elástica que consegui reunir dentro de mim e me impulsionei pra fora desse sonho.
Sonhos nem sempre são bons.
Nos cegam de coisas que precisamos ver, sentir, compreender.
Sonhar não é o suficiente.